terça-feira, 27 de novembro de 2007

Não arranhemos o céu

A frase acima é o título de um grupo de discussão bem sério que está trabalhando por uma causa. Mas antes, eu explico mais ou menos o que aconteceu.

O Banco "Intesa/San Paolo" é um grande grupo bancário da Itália e, recentemente, encomendou um projeto para construção de um edifício para sua sede. O prédio seria construído em Torino. Digo "seria" construído porque já tem gente trabalhando contra.

Ao meu ver, o progresso modifica algumas das características das cidades e dos países, apresenta novas tecnologias e modifica. Não aqui. A movimentação para que não seja construído o novo prédio é tão grande que o projeto já está, como muita coisa visando o progresso, congelado.

As justificativas variam, dizendo que tem espaço suficiente no centro da cidade, que existem muitos escritórios vazios etc. O que eu acho que se esquece é que o centro da cidade é tão velho (não antigo, velho) que não comporta necessariamente um escritório que necessite de algumas tecnologias mais novas, grande número de computadores e sistemas de informação.

O que a Itália está tentando, e tem conseguido, é segurar o progresso como pode. Linhas de trem de alta velocidade existem poucas (muito poucas). A ligação com a França não sai porque tem grupos que não querem que seja construído um túnel. O prédio não vai sair porque senão vai ficar mais alto do que o atual símbolo da cidade (embora seja bem afastado dele).

Quem precisa de progresso? Se prender a tradição é o atalho para o futuro!

Um comentário:

Unknown disse...

É estranho esse comportamento de protecionismo, embora seja comum. Acho bem interessante mesclar o novo e o antigo.
Como em Paris, Londres e outras cidades ao longo do mundo.
É claro que deve haver uma preocupação na preservação mas sem exageros.