sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Este lugar está vazio?

A pergunta pode parecer retórica, mas não é. Particularmente em alguns cenários. Vou ilustrar dois deles aqui.

Trem:

Viajar de trem tem todo aquele apelo romântico dos filmes, os campos verdes e as paisagens bucólicas e pastoris que só uma viagem sobre trilhos nos permite apreciar. Entra-se no trem e o vagão está até bem ocupado, pra cada assento livre, duas pessoas no trem. Aí eu paro ao lado de um assento livre, começo a tirar a mochila das costas e a pessoa se adianta a avisar: “Está ocupado”. Ligeiramente me movo dali pra um outro e, na terceira tentativa, acho o assento livre² (sim, ao quadrado, não basta não ter ninguem agora, não pode ter ninguém dali a alguns minutos também).

A mesma coisa pode ser aplicada às salas de aula. Você chega adiantado, mas pega o lugar no fundo, porque todos eles já estão ocupados. É uma espécie de coronelismo entre os mais fortes ou os que têm mais amigos ali dentro. Mas isso é outra coisa.

Ônibus (transporte coletivo):

Entra-se no ônibus, que está levando mais ou menos a lotação máxima de pessoas e casacos enormes de inverno (Cada pessoa ocupa um espaço equivalente a 1,5). É um enorme esforço pra passar da porta, já que todo mundo que vai descer na décima parada a partir dali já se prepara pra descer e fica bloqueando a entrada.

Como dizia... Entro ali, tanta gente em pé só pode significar uma coisa: Lotação total, vou ter que achar um local pra mim em pé. Surpreendentemente vejo um assento livre. Educadamente, ofereço à senhora ao meu lado se gostaria de se sentar e ela recusa, dizendo que já vai descer (na quinta parada a partir dali... mas isso é um relato futuro). Espero mais uns segundos e vejo que ninguém nem se manifesta, nem faz menção de pegar o lugar. Sento, leio minha revista, e saio.

Agora o que me intriga é, com tantos lugares livres-ocupados nos trens, porque os italianos não se sentam nos lugares livres-livres dos ônibus coletivos? Pior, mesmo com o ônibus vazio muitos viajam em pé (distâncias longas). Vai entender?

5 comentários:

Anônimo disse...

Pois é, esses italianos não sabem mesmo o que querem!
O ônibus lotado, daqueles que vc respira fundo e pensa duas vezes se vale a pena entrar ou se é melhor esperar o próximo! E incrivelmente, não é que aparecem uns bancos vazios perdidos lá no meio??? As pessoas se espremem, mas preferem ficar em pé pra não perder a parada, que será dali a uns poucos 15 minutos... ai ai...

bacini, Carol

Unknown disse...

Puxa, até que enfim consegui de novo. Não lembrava mais como fazia para postar um comentário.
Imagino aquelas senhoras baixinhas de pé no onibus, todas encapotadas, a cada brecada devem sair rolando pelo corredor, ou empurrando quem está na frente ou atrás, igual bola de boliche.
Como gosto de observar, acho bem pitoresco olhar essas coisas do cotidiano.
Abraço forte
Dimas

Anônimo disse...

É Marcelo,as coisas não são tão diferente por aquí.Outro dia fui à São Paulo de trem,a última vez fazia mais ou menos uns 10 anos,no começo tinha vários lugares vazio,e rápidamente tinha tanta gente que não havia banco sobrando e nem espaço p/ vc cruzar as pernas.Porém no metrô,havia alguns bancos que estavam vazios,poucos...mas estavam.Daí eu pensei...será que está quebrado?será que está sujo? será que a pessoa que está do lado está com o desodorante vencido?e também fiz parte dos que estavam em pé para descer 05 estações depois...êta cabecinha que questiona tudo,né??? Mas temos que tomar cuidado pois tem coisa que é um PERIGO!!!! bjs bta.

Unknown disse...

é, aqui no brasil é mais ou menos assim, ou melhor, em araraquara.
Percebi que as pessoas apertam o botão no minuto q o motorista fechou a porta pra avisá-lo de que é pra parar no próximo ponto, e o onibus pode estar lotado que a pessoa, mesmo vendo um lugar livre na sua frente, não senta. nem pra ajudar.
acho que isso é típico do ser humano. não só do italiano! =]
um beeeeeijo

Anônimo disse...

Hhuahauah, o "bucólicas e pastoris" é por minha conta....