quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Avanti popolo, facciamo sciopero!

Greve, substantivo feminino, cessação voluntária e coletiva do trabalho, decidida por assalariados para obtenção de benefícios materiais e/ou sociais, como melhoria das condições de trabalho, direitos trabalhistas etc., ou ainda para se garantirem as conquistas adquiridas que, porventura, estejam ameaçadas de supressão. Fonte: Houaiss.

A reivindicação dos direitos trabalhistas é, também, um direito. Eu entendo, mas discordo, de algumas modalidades de greve. Até isso, que teoricamente é uma coisa simples, é complicado aqui.
Simples: Não tem ônibus e pronto.

Vamos ao modo como funciona:
Inicialmente, não é greve de ônibus, é greve de transportes. Não, não transportes públicos, transportes. Sexta-feira, gentilmente denominada "Venerdì nero" ou "Sexta-feira negra" aqui na Itália significa que a greve atinge todos os setores de transporte possíveis (nesse caso, setor público). É que, nesse caso, a Alitalia, que ainda me parece ser do Governo Italiano, entra em greve. Não entra no meu conceito de transporte público, mas deixemos isso de lado.

Os ônibus em Torino, operados pela empresa GTT (Gruppo Torinese Trasporti), vão ficar parados por 8 horas no dia. Das 4:00 às 6:00, das 9:00 às 12:00 e das 15:00 às 18:00. Nas janelas entre esses horários, o serviço é normal.

Os trens, esses da Trenitalia/Ferrovia dello Stato, param entre 9:00 e 17:00 (8 horas) e a Alitalia e controladores de vôo outro período.

Eu volto a insistir: Por que facilitar o que pode ser complicado? Só o tempo que os grevistas levarão para parar o serviço por 3 horas e retomá-lo normalmente, já é uma coisa sem sentido. Greve séria mesmo é aquela que se faz no Brasil: pára TUDO. Metrô, CPTM (SP), SPTrans (SP), suspende-se o rodízio, anulam-se as multas (nem recurso de infração precisa) e o dia inteiro não tem o serviço (em geral vai).

Ah, lembrando que aqui tudo já fecha um dia por semana mesmo (dia útil), com greve, não se chega a lugar algum de ônibus.

(O ponto de vista do usuário, não entro no mérito das reivindicações. Se eu já reclamo do governo e me sinto maltratado por ele, imagina quem é seu funcionário).

2 comentários:

Unknown disse...

greve é um atraso.
e greve em etapas é bizarro.
hahaha
já que é pra parar, que parem né.
assim eles tão tendo horário de café da manhã, almoço e jantar.
hahahahahaha
baci

Anônimo disse...

Qualquer greve acaba trazendo algum tipo de prejuizo para toda a coletividade.Na empresa privada, reivindicar aumento de salário ,p.exp.,implicará em aumento nos custos, a ser repassado aos produtos.
Nas estatais, o recurso financeiro virá do aumento dos impostos.
Em ambos os casos é a sociedade que acabará pagando a conta.