quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Posso ajudá-lo [a furar a fila]?

Já escrevi uma vez falando sobre filas e também já postei falando mais ou menos como funcionam atendimentos em geral. Agora o post é combinado, mas a situação é adversa também. A fila e o atendimento estão ligados.

Cheguei na papelaria para comprar um envelope e tinha uma pessoa na minha frente sendo atendida. Eu ainda insisto na teimosia de esperar e formar um fila, mesmo sabendo que não adianta pra nada.

Aí chegou minha vez, a atendente gentilmente perguntou: "Como posso ajudá-lo?" para o infeliz que estava atrás de mim. Como todo cidadão civilizado, seria natural esperar que ele, também gentilmente, comunicasse: "Ele estava na minha frente". Obviamente isso não teria virado um post para o blog se esse fosse o desfecho da história, portanto, o que ele fez?
Ele começou a pedir as coisas que queria. Eu fiz aquela cara de poucos amigos, olhei pra trás, resmunguei alguma coisa e a atendente se virou pra mim perguntando se eu já tinha sido atendido.

Simulando um comportamento italiano, respondi secamente: "Não, por isso estou na fila, gostaria, por favor, de um envelope". Ela me atendeu e pediu desculpas (pro infeliz que estava atrás de mim, não pra mim, que tinha sido deliberadamente ignorado).

Pois é. Se consegue, mas é uma selva! Respeito raramente é demonstrado por aqui mesmo, especialmente e principalmente com consumidores. Ah Procon, como faz falta poder usar seu nome por aqui.

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