domingo, 30 de dezembro de 2007

Aeroportos Europeus

Eu não sou um grande expert em aeroportos europeus, mas como entusiasta da aviação e, por conseqüência, aeroportos e tudo o que diz respeito a eles, me sinto livre pra comentar sobre uma outra reportagem que encontrei na internet. O texto original em inglês (Herald Tribune) pode ser encontrado aqui. O UOL postou também uma versão traduzida que talvez exija uma conta de e-mail do portal.

O interessante da reportagem é ler o que está escrito sobre a Itália, especificamente o aeroporto de Roma. Não vou estragar a surpresa, mas recomendo a leitura.

Minha experiência aeroportuária se resume a algumas visitas, que exponho na ordem de primeira ocorrência e número de ocorrências:
Paris/Charles de Gaulle (3 vezes) - França
Milão (2 vezes) - Itália
Vienna (1 vez) - Áustria
Paris/Orly (1 vez) - França
Amsterdam (1 vez) - Holanda
Genebra (1 vez) - Suíça
Bergamo (1 vez) - Itália
Düsseldorf (1 vez) - Alemanha
Helsinki (1 vez) - Finlândia
Tampere (1 vez) - Finlândia
Stansted (1 vez) - Inglaterra
Luton (1 vez) - Inglaterra
Torino (2 vezes) - Itália

A lista só serve pra comparação com a reportagem, mas posso dizer que:
A fila de controle de passaportes (tanto faz se é cidadão ou não) em Stansted é absurda. 90 minutos é o tempo que levei pra ser verificado e liberado.

As esperas são longas em todos, isso é fato. Só com raras exceções se consegue levar menos de meia hora pra fazer uma das atividades normais de aeroporto.

O irônico é que o Aeroporto de Paris, que foi dado como péssimo, nunca me deu problemas e sempre foi relativamente satisfatório. Acho que é porque eu gosto e curto essas visitas. Fiz uma caminhada de meia hora entre meu avião da Itália para Paris e o próximo, que iria pra São Paulo. Fui observando tudo. Tive 2 horas de intervalo entre vôos, então fiz tudo com calma.

Roma, pra ser honesto, não conheço, mas Milão é uma bagunça. O vôo chega e tem que esperar alguém pra trazer a escada até o avião. Depois a esteira de malas demora pra começar a rodar e, de quebra, a caminhada por túneis é longa e tediosa. Sem falar que não tem absolutamente nada de interessante pra fazer (nem uma arquitetura bonita).

Torino é mais simpático, mas não tem cara de aeroporto, tem cara de rodoviária de São Paulo - Tietê num domingo 13:00. Onde alguns poucos partem e outros chegam, sem nada aberto quase. 2 restaurantes e uma banca de jornais, basta.

O ponto interessante é o reflexo, na reportagem, do serviço ao consumidor italiano. Fique claro: Você, consumidor, é um infortúnio, um péssimo incômodo para os funcionários. Não peça ajuda, não espere clareza nas informações, afinal tá tudo escrito (onde, não sei, mas está).

Essas empresas de vôos low-cost escolhem aeroportos secundários, terciários ou quase inexistentes para pousar/decolar. É quase como se a discussão fosse:
- Hmmm, Aquela rodovia ali, se pousarmos, já entregamos os passageiros com o menor custo... Ah, tem que ser num aeroporto??? Droga...

Aí constrói-se um galpão de madeira e gesso acartonado (isolamento acústico ZERO, pq custa muito, embora o gesso permita isso), colocam umas 5 mesinhas e uma máquina de raio-x. Aí chamam aquilo de TERMINAL 2. E vc, passageiro, fica lá sentado esperando. É o preço para se voar low-cost!!.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lí o artigo do jornal H. Tribune, no site UOL.
Pelo visto, na média, estamos aqui em pé de igualdade com o primeiro mundo no item aeroportuário.
Viva a aeronáutica brasileira !!!